Longyearbyen é uma pequena localidade do arquipélago norueguês de Svalbard -uma das cidades mais setentrionais do mundo- onde seus moradores estão proibidos de morrer. E há uma razão! Localizada acima do círculo polar Ártico, o sol brilha 24 horas por dia no verão, mas em contrapartida padece dias de escuridão perpétua durante o inverno.
Longyearbyen.
Os habitantes do arquipélago estão preocupados pelos efeitos do aquecimento global, já que seus pitorescos fiordes de gelo deixaram de gelar durante o inverno. Não obstante a maior curiosidade dali está relacionado com seu cemitério. Os habitantes de Longyearbyen não tem permissão para morrer na cidade. Assim que um adoece gravemente, é retirado da ilha. E se por um acaso vier a morrer, o cadáver também será transladado a qualquer outro ponto da Noruega continental.
Não é que tenham se tornado extremamente seletivos com os defuntos, nem que o preço das sepulturas esteja pelas nuvens, o problema é o permafrost. O solo nestas ilhas é tão congelado que não permite a decomposição natural dos cadáveres, motivo pelo qual há 70 anos ninguém é enterrado ali.
Curiosamente, este cemitério foi em 1998 testemunha de várias exumações científicas. A intenção era recuperar algum vírus intacto dos corpos de uns mineiros falecidos em 1918 por causa da gripe espanhola. A expedição não teve sucesso, mas há dois anos os cientistas conseguiram seu objetivo em Brevig (Alasca) ao desenterrar o corpo de uma esquimó que morreu por aquela temível gripe, que conservava mostras viáveis do vírus.
Mas nem tudo é tão tétrico em Svalbard, de fato suas características climáticas serviram para que o arquipélago fosse eleito a sede perfeita para a construção de um banco de sementes que garantisse o acesso a cultivos chaves em caso de um Armagedon. Espero que nunca precisemos utilizar estes recursos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário