sábado, 24 de outubro de 2009

Bob Dylan: Like A Rolling Stone


Existem artistas que falam por sua geração”. Foi assim que Jack Nicholson apresentou Bob Dylan no Live Aid de 1985. Entrar no mundo de Dylan pode ser difícil: as letras são gigantescas, a voz anasalada não ajuda e até para quem fala inglês muito bem pode ser difícil de captar todas as imagens de suas letras. Mas quando você entra nesse planeta dificilmente sai. Essa canção é uma excelente porta de entrada para esse mundo: seja pela linha de órgão criada no improviso por Al Kooper (que sequer sabia tocar o instrumento), pela melodia forte que não cansa, apesar dos mais de seis minutos e pela interpretação carregada de Dylan contando a história da madame que vira mendiga. Dylan gravou vários discos e músicas fundamentais antes e depois desse compacto de julho de 1965, mas aqui mais do que uma simples canção a gente fala de um acontecimento que marcaria a história da arte no século 20. Para se ter uma idéia, o prestigiado jornalista Greil Marcus acabou de lançar um livro todo dedicado a ela. A revista Rolling Stone a elegeu a melhor música da história do rock e a revista inglesa Uncut também botou a música como o maior acontecimento da cultura pop dos últimos 50 anos.




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