domingo, 26 de julho de 2009

O Estranho caso de Julia Pastrana - parte 1


Em 1834 nasceu no México uma menina que chamou a atenção da comunidade médica e científica, que ao examiná-la coincidiram que sua origem só podia ser o resultado de uma pecaminosa união de um macaco e um humano. Tinha pelos por todo o corpo especialmente nas costas. Tinha também um defeito na mandíbula, gengivas protuberantes e fila dupla de dentes.


O bigode, barba, costeletas e pelos nas mãos só eram outras marcas graciosas de nascimento.

Esta menina chamava-se Julia Pastrana e foi criada como empregada na casa de uma abastada família mexicana onde aprendeu com perfeição os trabalhos domésticos. Segundo as crônicas da época era uma jovem "modesta, serviçal e sem pretensões".

A sociedade da época, assim como a ciência, não estava preparada para entender sua condição –hipertricose-, o que a levou ao triste destino que sempre acompanhava aos que nasciam diferentes: eram degradados à categoria de fenômenos nas feiras ambulantes e circos. E assim foi como desde os 20 anos começou a trabalhar se exibindo de feira em feira como "A Mulher Urso" com tanto sucesso que chegou até os Estados Unidos em 1854. Em uma de suas tantas apresentações, o famoso médico nova-iorquino Alexander B. Mott opinou:

- "É o mais extraordinário ser vivo dos últimos tempos, é um híbrido entre humano e o orangotango."

Theodore Lent era um empresário artístico que viu em Julia muito potencial econômico e descaradamente começou a corteja-la até conseguir que a pobre mulher se apaixonasse por ele e decidisse aceitá-lo como marido. Esse seria o início de seu calvário.

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