domingo, 20 de setembro de 2009

Cova Rasa



Três amigos inseparáveis descobrem que o inquilino responsável pelo aluguel de um quarto vago no apartamento onde moram está morto e deixou, de bandeja, uma mala cheia de dólares. O que devem fazer? Com base nessa trama esquálida, o diretor escocês Danny Boyle dirigiu um pequeno filme engraçado e, ao mesmo tempo, assustador, que o fez iniciar uma das carreiras mais ligadas ao cinema pop dos anos 1990. “Cova Rasa” (Shallow Grave, Escócia, 1994) continua a ser considerado, por muita gente, como o trabalho mais bem acabado do diretor.
Considerando que Boyle faria na seqüência o cult “Trainspotting”, o elogio não é pequeno. Mas é merecido: “Cova Rasa” pode ser visto como um sombrio estudo do lado escuro da natureza humana, um filme sobre como a cobiça pode transfigurar o ser humano. Você pode pensar em
“Cova Rasa”
Essa é é uma descrição muito precisa do longa-metragem escocês. Curto, ágil, com boas atuações do elenco então desconhecido (Ewan McGregor e Christopher Eccleston ficaram famosos depois), o filme surpreende pele rumo pouco previsível do roteiro e, principalmente, pelo humor doentio, que contribui bastante para torná-lo uma obra ainda mais admirada por platéias jovens.