sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Theremin, o intocável tocável


Imagine um instrumento musical que é tocado sem que o músico encoste, sopre ou tenha contato direto com ele. Pode parecer estranho, mas ele existe mesmo e se chama Theremin, um instrumento inventado por um cara chamado Lev Sergeivitch Termen, que nasceu na Russia e trabalhava para a KGB nos anos 10.






Lev passou sua vida fazendo equipamentos eletrônicos de espionagem para os russos até que um belo dia, após ficar decepcionado com a guerra, abandonou a espionagem e resolveu se dedicar integralmente à sua paixão, o violoncelo e a música.
E com a antena no lado direito, quanto mais próximo o musico move a mão, mais silencioso o efeito sobre o som. Quanto mais afastar a mão, mais alto o som.

O resultado prático disso é que o instrumento faz um tipo de ruído de interferência, que parece um gemido, mas nas mãos de quem sabe brincar com a interferência de rádio, a coisa fica incrível.

O Theremin é pouco conhecido, mas seu som faz parte de tudo que é filme de ficção científica. Geralmente é aquele ruído -você vai lembrar- que acontece quando surge um disco voador na tela. Sabe como?



Nos meados dos anos 20 ele fugiu para os Estados Unidos onde adotou o nome de Leon Theremin. E foi graças a este nome que o instrumento inventado por ele se popularizou. Leon estava ainda na Rússia, o ano era 1919 e ele chamou de Thereminvox, provavelmente um dos primeiros -senão o primeiro– instrumento musical eletrônico do mundo.

Um dia, ele estava mexendo num rádio e percebeu que seu corpo afetava a recepção do mesmo quando aproximava a mão da antena. Com este conceito ele aprimorou a recepção e construiu uma caixa cheia de válvulas como a dos rádios daquela época e adaptou nela duas antenas. Uma antena ficava do lado esquerdo na horizontal e outra no lado direito na vertical.
Através da proximidade com a antena no lado direito da caixa, o musico poderia alterar a freqüência (que pode ser como as notas musicais) apenas aproximando ou afastando a mão dessa antena.







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