quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Investigadores comprovam que executado a morte era inocente


Cameron Todd Willingham poderia ser o primeiro réu da história dos Estados Unidos cuja inocência seja reconhecida oficialmente após sua execução, já que investigadores demonstraram que ele não foi autor dos fatos que o levaram ao corredor da morte.


Ele foi executado em 2004 mediante injeção letal no Texas após ser declarado culpado de ter provocado um incêndio em sua casa que acabou com a vida de suas três filhas em 1992.

Nesse mesmo ano foi condenado a morte por um júri que tomou sua decisão baseando-se em relatórios periciais errôneos, a avaliação de um psiquiatra que nunca entrevistou o réu e uma série de testemunhas pouco confiáveis que mudaram suas declarações. Esta corrente de circunstâncias, catapultadas com uma defesa de má qualidade, condenaram Willingham à pena capital.

No entanto, cinco anos após sua execução, uma nova busca exaustiva das provas demonstram que a análise feita do sinistro não foi tão rigoroso, tendo em conta dois relatórios de experientes forenses divulgados em 2006 pela ONG "Projeto Inocência" que concluíram que o incêndio foi acidental.


Difícil imaginar o inferno que viveu Willingham nos últimos doze anos de vida. Se já não bastasse a dor de ter perdido as filhas, foi responsabilizado e teve a vida cobrada pela tragédia.

No momento da execução o diretor do presídio perguntou se ele queria fazer uma declaração final, Willingham depois de levantar o dedo em frente para a ex esposa, principal testemunha da acusação, disse: "Yeah. A única declaração que eu quero fazer é que eu sou um homem inocente que foi condenado por um crime que eu não cometi. Eu fui perseguido durante 12 anos por algo que eu não fiz. Do pó de Deus eu vim e a terra voltará a ser meu trono..."

Willingham falava a verdade.

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